sábado, 17 de outubro de 2015


RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO E INVASÃO DE ISRAEL


Templo em Jerusalém e Israel se arma para guerra Publicado por Tiago Chagas em 29 de julho de 2015 Rabinos divulgam maquete virtual do Terceiro Templo em Jerusalém e Israel se arma para guerra Projeção do véu do templo No último domingo, 26 de julho, os judeus relembraram o Tishá BeAv, nome dado ao dia do calendário judaico escolhido para chorar a destruição dos Templos Sagrados, o primeiro no ano 586 A.C., pelas mãos dos babilônios, e o segundo, no ano 70 D.C., pelos romanos. Para marcar a data, o Instituto do Templo divulgou um vídeo com uma projeção de como será o novo templo que pretendem erguer em Jerusalém. O projeto do Terceiro Templo já tem toda a questão de engenharia e arquitetura definida, como mostra o vídeo de computação gráfica divulgado, além de já ter, produzidos, a maior parte dos objetos ritualísticos produzidos e guardados, apenas esperando que o templo seja erguido. Ao longo do vídeo, a caminhada virtual passa pelo portal de entrada, o santuário principal, o acesso ao Santo dos Santos e o véu que o protege. O cuidado com a Halakhic, que é a lei judaica, fica evidenciado pela atenção aos detalhes, que envolvem a dimensão dos espaços, materiais usados nas peças e o local onde o templo será erguido. Segundo informações da imprensa israelita, assim que o vídeo foi divulgado, diversos sites religiosos compartilharam o material assinalando-o como um “grande sinal”. O rabino Chaim Richman, diretor e fundador do Instituto, lembrou que “um terço de todos os mandamentos da Torá dizem respeito à construção do serviço no Templo Sagrado”, e lamentou que, por conta da inexistência do templo, os ritos judaicos estão incompletos: “Hoje, não apenas lamentamos a destruição dos dois Templos Sagrados, mas também nossa incapacidade de cumprir um terço da Torá”. Guerra Na tradição cristã, muitos teólogos interpretam que algumas circunstâncias simbólicas seriam evidências do início do fim dos tempos, indicando a proximidade do arrebatamento da igreja, o início da Grande Tribulação e a consequente Batalha do Armagedom. Um dos indícios apontados por teólogos seria a reconstrução do Templo em Jerusalém, que seria conduzida pelo anticristo, e mais para frente, segundo a profecia, causaria uma guerra mundial contra Israel. Curiosamente, horas após o Tishá BeAv, a Força de Defesa de Israel convocou milhares de militares da reserva para o maior exercício militar da história do país, desde 1948. O treinamento militar irá simular diferentes tipos de ataques, de inimigos no Líbano, Sìria e a Faixa de Gaza, e incluirá situações com supostas perdas civis, desabamento de prédios e evacuação de espaços públicos. A Força Aérea israelense colocará suas bases aéreas em estado de emergência durante os exercícios, dado o grau de realismo da simulação, e a Marinha vai testar sua infraestrutura de combate, segundo informações do Jerusalem Post. SINAIS DA CONCRETIZAÇÃO DAS PROFESIAS Judeus afirmam que lua de sangue trará mudança na história de Israel Ortodoxos veem fenômeno como sinal inequívoco Judeus afirmam que lua de sangue trará mudança na história de Israel"Lua de sangue trará mudança na história de Israel" Depois de vários líderes evangélicos, judeus messiânicos e os crentes que estudam as raízes hebraicas de sua fé destacarem a importância das luas de sangue, agora são os judeus ortodoxos. A última das quatro luas que formam a tétrade de 2014-2015 aparecerá no céu de Israel dentro de 7 dias. Em 27 de setembro teremos uma “superlua de sangue”. O fenômeno em que a Lua atinge seu ponto máximo de aproximação da Terra. Por isso, a Lua parecerá estar maior, sendo neste dia o único eclipse do ano visível no mundo todo, inclusive no Brasil. Cada vez mais, líderes e eruditos judeus ortodoxos estão dizendo que ela marcará um evento significativo para o futuro de Israel e do seu povo. Bob O’Dell e Gidon Ariel, fundadores da Root Source, programa educacional em que ortodoxos ensinam cristãos sobre o Antigo Testamento, dizem que o fato dessa lua de sangue ser no primeiro dia de Sukkot, ou a Festa dos Tabernáculos, não deve ser ignorado. Pela quarta vez em dois anos, uma lua de sangue irá ocorrer em dias santos judaicos. As tétrades só ocorreram 9 vezes nos últimos dois mil anos. Todas as vezes que isso aconteceu no passado, ocorreram mudanças históricas significativas para o povo judeu: 1428-1429, 1493-1494, 1949-1950 e 1967-1968. Os eruditos também destacam que a última lua de sangue ocorre no final de um ciclo Shemitá – período de sete anos que cumpre o mandamento de Deus para o descanso da terra e o perdão de dívidas em Israel. Se isso não bastasse, também marcam o início de um ano de Jubileu, período especial para os judeus que ocorre a cada 50 anos. “Não estamos prevendo o fim do mundo nem a chegada do Messias em setembro”, disse O’Dell. “Mas se você olhar para todas as luas de sangue que ocorreram na história, ver que todas as vezes marcaram ‘pontos de virada’ na história do povo judeu.” A tétrade em 1428-1429 marcou uma onda de conversões forçadas de judeus na Europa. A de 1493-1494 sinalizou o fim da Inquisição, que culminou na expulsão dos judeus da Espanha. A partir dali eles se espalharam pelo mundo de uma maneira até então inédita. “Podemos olhar para trás e ver que a Espanha estava no auge do poder, enquanto Deus estava preparando um novo lar para os judeus na América através do descobrimento de Cristóvão Colombo”, disse O’Dell. “As luas de sangue que ocorrem nesses dias de festas judaicas são um testemunho de que Deus não esqueceu Sua promessa de trazer os judeus de volta à sua pátria.” Além disso, as luas de sangue também marcaram o renascimento de Israel como nação (1948), após muitos séculos de domínio muçulmano. As de 1967 ocorreram quase ao mesmo tempo que a Guerra dos Seis Dias, que resultou na conquista de Jerusalém. Alguns estudiosos acreditam que para 2015, a lua poderá marcar uma nova guerra, resultado da divisão do país imposta pela ONU. Gidon Ariel explica que existem organizações dedicadas a acompanhar os movimentos lunares, base do calendário bíblico. Isso seria uma preparação para adequar o retorno dos cultos no [Terceiro] Templo”. Lembra ainda que “sinais celestiais são mencionados em passagens sobre o final dos tempos bíblicos e a lua sempre tem destaque.” Para ele, o grande diferencial desta última lua é o fato de ser vista também no Hemisfério Sul, enquanto as outras só eram vistas no Hemisfério Norte. Com informações de WND ONU revela plano para dividir Israel em setembro Ban Ki-moon convida países árabes a reunião sobre conflito Israel-palestinos ONU revela plano para dividir Israel em setembro Em meio a tantos eventos planejados para ocorrer em setembro que apontam para algo drástico acontecendo em Israel, mais uma notícia fortalece as análises de que a divisão é iminente. Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, convidou Jordânia, Egito e Arábia Saudita para uma reunião este mês onde tratará dos conflitos no Oriente Médio. Mas ao contrário do que poderia se esperar, o foco não é a Síria ou o avanço do Estado Islâmico, mas uma “solução diplomática para o conflito israelense-palestino”. Já estava programada a participação dos ministros das Relações Exteriores da Rússia e Estados Unidos, além da chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini. Desde que assumiu o cargo, ela vem fazendo campanha pela divisão de Jerusalém. As conversações ocorrerão em 30 de setembro, duas semanas depois da data prevista para que a França peça o reconhecimento oficial da Palestina como nação independente. A ONU alega que incluirá países árabes em seu esforço diplomático “para retomar a paz entre Israel e palestinos”. Para Mogherini isto poderia ajudar a “reabrir horizontes futuros e políticos às conversações”. As conversas de paz entre palestinos e israelenses não foram retomadas desde abril de 2014, por causa da guerra na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu afirmou que estava disposto a retomar as negociações para paz “agora mesmo”. Porém, o premiê palestino Mahmoud Abbas prefere esperar até o final do mês, pois fará um discurso na Assembleia Geral da ONU em 30 de setembro, no mesmo dia da reunião em que os países árabes tratarão do assunto. O maior indício que tudo é mera formalidade e que a presença de países árabes apenas tenta impor medo a Israel foi a declaração do embaixador palestino da ONU, Riyad Mansour. Em pronunciamento recente, afirmou esperar que Abbas poderá hastear a bandeira palestina em frente à sede da ONU pela primeira vez naquele dia. Com informações Prophecy News Obama diz que bombas choverão em Israel se EUA rejeitar acordo nuclear Para Obama, o acordo nuclear irá manter a paz no Oriente Médio, pois os iranianos serão vigiados constantemente. Curiosamente, no mesmo dia, unidades do Hezbollah sob o comando de oficiais iranianos estavam disparando pesados mísseis Zelzal 3 contra os rebeldes sírios na cidade de Zabadani, que fica a apenas 200 km de Tel Aviv. Em seu discurso no encontro que durou duas horas, Barack Obama declarou que se não houver acordo, dentro de pouco tempo haverá guerra entre os EUA e o Irã. Neste caso, quem pagará o preço será o Povo de Israel, pois seria impossível impedir os mísseis iranianos de atingirem Tel Aviv. O presidente sabe que o lobby judeu é muito forte nos Estados Unidos e o fato dele não ter revelado todos os detalhes do acordo até agora, só aumentou as suspeitas. O encontro do presidente ocorreu horas depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ter participado de uma conferência on-line, onde dialogou com influentes judeus americanos, membros da Federação Judaica da América do Norte e os presidentes das principais organizações judaicas dos EUA. “Eu não me oponho a este acordo porque quero guerra. Eu me oponho a este acordo porque quero evitar a guerra. Todo este acordo trará guerra”, enfatizou Neanyahu. Segundo os organizadores,mais de 10 mil pessoas assistiram a conferência. Ao contrário do que afirma Netanyahu, Obama disse que chamou o primeiro-ministro para conversar. Também enfatizou que os EUA vão continuar a apoiar e ajudar a fortalecer a segurança de Israel. A votação do congresso americano ocorrerá em setembro, e a imprensa americana tem divulgado que a Casa Branca poderá ter dificuldades em conseguir a maioria. Hoje (5) pela manhã, Obama fez um discurso nos mesmos termos, exortando o Congresso a aprovar o acordo nuclear com o Irã. Afirmou ainda que Netanyahu é sincero, mas está “errado”. Deixou claro que Israel está sozinho em sua oposição ao acordo. O presidente alertou que “Se matar este acordo, o Congresso não irá apenas pavimentar o caminho do Irã para a bomba nuclear, mas acelerá-lo”. Com informações de Times of Israel [2] e Haaretz “Israel é a causa de todos os problemas dos países muçulmanos”, afirma líder islâmico Reunião tratou de como lidar com o “tumor canceroso de Israel” “Israel é a causa de todos os problemas dos países muçulmanos”, afirma líder islâmico"Israel é a causa dos problemas dos países muçulmanos" Importantes clérigos muçulmanos reuniram-se em Beirute, Líbano, esta semana para lançar a União de Resistência Internacional Khomeinista, onde o principal tópico foi como lidar com o “tumor canceroso de Israel”. O líder radical iraniano Mohsen Araki afirma que a destruição de Israel e a “luta contra o mundo arrogante” devem ser as duas principais prioridades para a “resistência”, numa menção ao grupo religioso. Al Manar, órgão de imprensa muito ligado ao grupo terrorista libanês Hezbollah, relata que os estudiosos “elogiaram as conquistas” do regime do presidente Assad na Síria, ignorando a guerra civil que o país se encontra. O secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, disse aos presentes que os sucessos obtidos na Síria, com a ajuda do Irã são “um sucesso puro, que será seguido por outros, se Alá quiser”. Lembrou ainda que a lei islâmica permite para os jihadistas realizarem ataques suicidas contra Israel e que seu objetivo final é a destruição do Estado judeu. Segundo a TV Press, canal estatal do Irã, todos os estudiosos muçulmanos presentes concordaram que Israel é a “causa de todos os problemas econômicos, políticos e culturais que as nações muçulmanas enfrentaram nas últimas décadas.” Sendo assim, por unanimidade os líderes religiosos concordaram que “confrontar o regime de Tel Aviv é a prioridade máxima dos movimentos de resistência islâmicos.” Por fim, os clérigos prometeram apoiar “a resistência” em sua missão de destruir Israel. Uma referência ao Hezbollah, o Hamas e outros grupos terroristas que atuam na região. Em de janeiro de 2015, o movimento palestino Hamas apelou a todos os Estados islâmicos que os ajudassem em sua luta contra o governo israelense. Khaled al-Qaddumi, o representante do Hamas no Irã, exortou as nações islâmicas a investirem tudo que puderem na formação da nação palestina. Com informações de Breitbart Postagem do blog: http://olharparaofim.blogspot.com.br

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

OS 5 MITOS SOBRE A BÍBLIA


5 mitos sobre a 'Bíblia manipulada' É impressionante a quantidade de lendas urbanas, preconceito e desinformação que grassa por aí quando o assunto é a maneira como a Bíblia foi escrita, editada e transformada num cânone, ou seja, num conjunto (mais ou menos) fechado de livros adotado por muitas religiões como algo dotado de autoridade religiosa. Mas nada tema, mui gentil leitor — este post abordará (e desmontará) cinco grandes mitos sobre o tema e, espero, trará alguma luz ao debate. Vamos a eles? Mito 1: a Bíblia que temos hoje foi “inventada” no Concílio de Niceia Naninanão, dileto leitor. O Primeiro Concílio de Niceia, realizado no ano 325 d.C. na cidade romana de mesmo nome (localizada na atual Turquia), foi uma grande reunião de bispos (cerca de 300) convocada pelo imperador Constantino. Seu principal tema foi a cristologia, ou seja, debates sobre a exata natureza de Jesus Cristo e sua relação com Deus Pai. O concílio deu o passo decisivo para definir que Jesus compartilhava da mesma natureza de Deus e existia desde o princípio dos tempos, não tendo sido “criado” em qualquer sentido ordinário. A agenda do concílio incluía várias questões menores, como a data correta da celebração da Páscoa cristã. Mas em NENHUM momento incluiu discussões sobre os livros que deveriam ou não ser incluídos na Bíblia. Repito: esse tema simplesmente NÃO foi debatido em Niceia. Mito puro, portanto. Mas, se é mito, quando diabos o cânone foi fixado, afinal? Bem, depende. De maneira geral, pode-se dizer que, no fim do século 4º d.C., uns 50 anos depois de Niceia, a maioria das igrejas cristãs aceitava mais ou menos os textos ainda aceitos hoje. Mas alguma variação continuou ocorrendo, e nenhum grande pronunciamento oficial e definitivo aconteceu ao longo do milênio seguinte. No Ocidente, foi só no século 16 que católicos e protestantes cristalizaram seus cânones ligeiramente diferentes, com alguns livros a mais ou a menos no Antigo Testamento, como veremos a seguir. Mito 2: ao longo dos séculos, a Bíblia foi constantemente manipulada e alterada. Não fazemos a menor ideia de quais eram os textos originais Esse mito é mais complicado porque contém alguns elementos de verdade. Vamos examinar a questão, pensando primeiro no cânone judaico (o nosso Antigo Testamento) e depois no cânone cristão. Primeiro, o fato é que a tradição de manuscritos do Antigo Testamento é muito antiga e bastante bem documentada. Os famosos Manuscritos do Mar Morto, achados na Cisjordânia nos anos 1940 e 1950, remontam até o século 2º a.C., em alguns casos, e vão até o século 1º da Era Cristã, ou seja, têm cerca de 2.000 anos de idade. A maior parte desses manuscritos corresponde a trechos de quase todos os livros da Bíblia hebraica, ou Tanakh, como também é conhecida — só não há na coleção trechos do livro de Ester. Rolo do livro do profeta Isaías achado perto do mar Morto (Crédito: Museu de Israel) Tem variação quando comparamos os textos bíblicos dos Manuscritos do Mar Morto com os textos hebraicos preservados pela comunidade judaica, os chamados textos massoréticos, que datam do século 9º d.C.? Tem variação sim, e considerável – trechinhos a mais ou a menos, trocas de letras, confusões de significado etc. Isso é especialmente verdade em textos de natureza poética, que possuem vocabulário mais complexo e de difícil interpretação. Mas há relativamente pouca coisa que tenha algum significado teológico ou histórico muito importante nessa variação. Algumas versões dos Salmos dos Manuscritos do Mar Morto, por exemplo, parecem dar a entender a existência de outros deuses além do Deus bíblico, Yahweh (nome geralmente traduzido como “o Senhor”). Mas essa inferência também pode ser feita com base nos manuscritos mais conhecidos da Bíblia, por exemplo. Não é nada propriamente bombástico. Já falamos dos textos do mar Morto e dos massoréticos, ambos em hebraico, que parecem concordar em muita coisa, ainda que não em tudo. Há ainda duas outras tradições importantes de textos do Antigo Testamento. A mais “estranha”, do nosso ponto de vista, é a dos samaritanos, o grupo de adoradores do Deus bíblico que vive ao norte de Jerusalém e era considerado herético pelos judeus. Os samaritanos possuem sua própria Torá, ou seja, o conjunto dos cinco primeiros livros da Bíblia, o Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). De novo, no geral, os textos batem, embora a Torá samaritana “puxe a brasa para a sardinha” de seus copistas, dizendo por exemplo que o local correto de adoração a Deus é o monte Gerizim, na atual Cisjordânia, e não Jerusalém, como defendem os judeus. Mas não passa muito disso — não é que a Torá deles diga “chutai a canela do seu pai e da sua mãe” em vez de “honrai pai e mãe”. Mais uma vez, trata-se de uma versão em hebraico. Finalmente, há ainda a antiga tradução da Bíblia hebraica para o grego, a chamada Septuaginta, ou versão dos Setenta (assim chamada porque teria sido feita por setenta sábios judeus que viviam no Egito por volta do ano 200 a.C., segundo a tradição). De novo: há variantes significativas entre o texto da Septuaginta e os textos em hebraico? Tem bastante, de fato, o que indica que provavelmente os tradutores usaram um texto-base diferente da versão massorética. Mas, outra vez, é preciso ressaltar que essas diferenças não costumam ser radicais do ponto de vista semântico e teológico. Um dos problemas importantes da Septuaginta talvez seja a passagem na qual a palavra hebraica “almah”, que designa uma jovem do sexo feminino que ainda não teve filhos, foi traduzida como “parthenos”, que normalmente (mas nem sempre) significa “virgem” em grego. Foi essa passagem, do livro do profeta Isaías, que serviu de base para a ideia de que a concepção virginal de Maria nos Evangelhos cumpre a profecia de Isaías. O primeiro capítulo do Evangelho de Mateus no Códex Vaticano (Crédito: Reprodução) Esse detalhe é teologicamente importante, sem dúvida, mas é um dos poucos exemplos de diferenças de peso. Resumindo: no caso do Antigo Testamento, apesar das muitas variantes, estamos falando de uma tradição de manuscritos que manteve considerável estabilidade ao longo de muitos séculos. Não há sinal de nenhuma conspiração para manipular em larga escala o conteúdo desses textos. No geral, os antigos judeus (e samaritanos) parecem ter respeitado o conteúdo tradicional de tais textos. E no caso do Novo Testamento? Bem, os mais antigos fragmentos em grego desses livros que chegaram até nós são do começo do século 2º d.C. — cerca de um século, portanto, depois da morte de Jesus. Mas textos maiores só aparecem no século 3º d.C. O consenso entre os historiadores, no entanto, é que a maior parte do Novo Testamento foi escrita bem antes, entre 65 d.C. e 100 d.C. Mais uma vez, existem variantes? Sim, centenas de milhares, mas a grande maioria delas não tem grande significado. Num post anterior já falei de uma das mais importantes, a do “final alternativo” do Evangelho de Marcos. Outros trechos que podem ter sido alterados por causa de disputas teológicas envolvem interpretações adocionistas, ou seja, a ideia de que Jesus teria sido apenas adotado por Deus, e não seria seu Filho desde sempre. No geral, porém, vale o mesmo que dizemos sobre o Antigo Testamento: quando comparamos todos os manuscritos que chegaram até nós, não há sinais de manipulações de larga escala dos textos. O importante aqui, eu acho, é pensar no contexto e na maneira como funcionavam as tradições religiosas na Antiguidade. Os textos que acabaram compondo o cânone da Bíblia já circulavam e eram venerados havia séculos quando o cristianismo se consolidou. Eram lidos, comentados, estudados e muito bem conhecidos. Alterá-los totalmente provocaria muitas brigas e não serviria a grandes propósitos. O mais lógico era aceitá-los mais ou menos como eram e investir em interpretações que casassem bem com a teologia cristã nascente. Mito 3: os Manuscritos do Mar Morto contêm evangelhos apócrifos que revelam verdades chocantes sobre Jesus Esse mito é fácil de derrubar, em contraposição ao anterior. Não há NENHUM texto cristão em meio a esses manuscritos, gente. A única relevância deles para o estudo do Jesus histórico é o fato de que eles nos ajudam a entender como era o judaísmo na época em que Cristo viveu. Fora isso, nada. Manuscrito do Evangelho de Tomé, texto apócrifo (Crédito: Reprodução) Mito 4: os evangelhos apócrifos são uma fonte mais confiável sobre a figura histórica de Jesus do que os que foram incluídos na Bíblia. Outro mito que vai ao chão com relativa facilidade. Hoje, quase todos os historiadores concordam que é preciso ler com muito cuidado os Evangelhos canônicos — Mateus, Marcos, Lucas e João — se a ideia é buscar informações historicamente confiáveis, porque o interesse dos evangelistas era fazer teologia, e não história no sentido moderno. Mas, e esse é um grande mas, a maioria dos historiadores também concorda que, se esses textos têm problemas do ponto de vista histórico, os evangelhos apócrifos, ou seja, não incluídos na Bíblia, são ainda mais problemáticos, em geral. Isso porque tais textos foram, em geral, escritos bem depois dos Evangelhos canônicos e estão cheios de material lendário e especulações teológicas ainda mais ousadas do que os textos presentes na Bíblia. São quase “fan-fic” — aqueles textos escritos por fãs de um livro ou de um filme usando personagens criados por outra pessoa em suas próprias histórias. Há uma possível exceção importante nesse caso, porém. Trata-se do Evangelho de Tomé, encontrado no Egito e feito quase que só de frases impactantes de Jesus, ou de parábolas contadas por ele. Alguns estudiosos importantes acreditam que Tomé preserva algumas versões das falas de Jesus que se aproximam mais do que ele teria realmente falado em vida. Mas muita gente discorda deles. Mito 5: as Bíblias católicas e ortodoxas incluem textos apócrifos que não fazem parte do cânone “correto” do Antigo Testamento Esse é outro mito com nuances, como o mito 2. De fato, o que a Bíblia das igrejas protestantes inclui em seu Antigo Testamento é um conjunto de livros exclusivamente traduzidos do hebraico para as línguas modernas. São os mesmos livros incluídos pelos judeus atuais em seu Tanakh desde mais ou menos o ano 100 d.C. As Bíblias católicas e ortodoxas incluem ainda outros livros, como Judite, Sabedoria e Eclesiástico, que foram traduzidos do grego e a respeito dos quais se acreditava que tinham sido escritos originalmente em grego e/ou nunca teriam feito parte do cânone de qualquer grupo judaico. Acontece, porém, que na época de Jesus o cânone judaico ainda estava “semiaberto”, e ao menos alguns grupos de judeus parecem, sim, ter considerado que tais livros eram canônicos. Trechos do Eclesiástico, por exemplo, foram achados entre os Manuscritos do Mar Morto, e em hebraico. A mesma coisa vale para o livro de Tobias – trechos em hebraico e aramaico também constam da “coleção” do mar Morto. Isso significa que esses livros “devem” fazer parte do cânone? Depende. É claro que, no fundo, essa é uma discussão cultural e teológica. Mas o que claramente não funciona muito é dizer que o judaísmo nunca aceitou esses livros como parte das Escrituras — em alguns casos, essa informação parece não proceder. Ah, e pros leitores que às vezes pedem minhas fontes, alguns livros ótimos para entender melhor os temas a seguir: – Série “Um Judeu Marginal”, de John P. Meier, editora Imago; – “The New Testament: A Historical Introduction to the Early Christian Writings”, de Bart D. Ehrman, Oxford University Press; – “Uma História Cultural de Israel”, de Júlio Paulo Tavares Zabatiero, editora Paulus. E dois excelentes cursos gratuitos online. Sobre Antigo Testamento: http://oyc.yale.edu/religious-studies/rlst-145 E sobre Novo Testamento: http://oyc.yale.edu/religious-studies/rlst-152 Ambas da Universidade Yale, nos EUA.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

HIERARQUIA DE ANJOS E DEMôNIOS


A HIERARQUIA DOS ANJOS E DEMONIOS Publicado por: Victor Ramide - 7 de jan de 2012 A Hierarquia é a distribuição ordenada dos poderes em ordem de importância. A hierarquia pode ser também a graduação de diferentes categorias de membros ou funcionários de uma empresa, organização, instituição ou igreja. Levando desde sempre, o mais experiente e que tem mais tempo no topo e o com menos experiências e menos tempo em ultimo. Não somente entre os humanos existe hierarquia, mas também no mundo espiritual tanto no lado do bem quanto no lado do mau. HIERARQUIA DOS ANJOS - PRIMEIRA HIERARQUIA. Esse nível da pirâmide hierárquica é formada pelos Santos Anjos que estão em maior contato com o DEUS. Dedicam-se ao amor, glorificação e adoração pelo CRIADOR numa constante e infinita freqüência. SERAFINS No Hebraico significa “Aquele que arde” ou "queimar completamente”, por isso são conhecidos como anjos de seis asas envolvidos por chamas douradas e prateadas. Segundo o conceito hebraico, Serafim não é apenas uma figura que "queima" mas também que se consome no amor ao sumo bem, que é o nosso CRIADOR. QUERUBINS São mensageiros e guardiães dos Mistérios de Deus, com a importante missão de transmitir a Sabedoria. Eles ficaram responsáveis por guardar o símbolo da vida eterna, que é a Árvore da vida (Jardim do Eden). Eles possuem quatro asas, quatro rostos e muitos olhos. TRONOS Foram descritos como rodamoinhos de luz, que mantêm o trono do CRIADOR por meio do som por isso são considerados os músicos celestiais e estão sempre com cítaras ou harpas em mãos. Eles ajudam a manter a segurança do poder de DEUS. Acolhem em si a Grandeza de DEUS e a transmitem aos Santos Anjos de níveis inferiores de luz. - SEGUNDA HIERARQUIA. Nível da hierarquia composto por Santos Anjos que administram os Planos da Eterna Sabedoria, comunicando aqueles projetos aos ocupantes da Terceira Hierarquia dos anjos, que policia o andamento e desenvolvimento da humanidade. Eles são responsáveis pelos acontecimentos universais. DOMINAÇÕES São conhecidos como os ministros de Deus. São munidos de um cetro e uma espada, símbolos do seu poder. Exercem um tamanho domínio sobre os coros angelicais de níveis inferiores. São responsáveis pela execução das vontades soberanas, e recebem as missões mais relevantes. POTESTADES Possuem um grande poder de concentração alcançando um grau elevado de contemplação ao CRIADOR, por isso ajudam na concretização dos pensamentos do mesmo e assim transmitem sempre aquilo que deve ser feito. Estão sempre munidos de uma espada flamejante da qual usam para proteger os homens contra as tentações dos demônios. Também cuidam dos quatro elementos básicos da natureza: água, ar, fogo e terra. VIRTUDES São auxiliares na execução das tarefas divinas, mais sobretudo auxiliam de modo que as coisas devem ser realizadas com perfeição. Assim possuem a missão de tirar os obstáculos do caminho. A representação de suas figuras são como jovens saudáveis e fortes munidos de um cajado ou bastão em mãos. Eles também possuem poder sobre a natureza acalmando assim; maremotos, terremotos e tempestades. - TERCEIRA HIERARQUIA. Nível hierárquico composto por Santos Anjos que executam as ordens do Altíssimo. São os mais próximos da humanidade e conhecem a fundo as características de cada individuo que devem assistir, a fim de poderem cumprir com exatidão as ordens Divina: avisando, insinuando ou castigando, conforme o caso. PRINCIPADOS São mensageiros de DEUS que dão instruções e avisos a reis, príncipes, líderes e governantes. São severos com aqueles que insistem em não agir de acordo com a vontade de Deus castigando-os com a dor de forma a conduzi-los de volta ao DEUS de amor e misericórdia. Carregam cruzes e um cetro em mãos. ARCANJOS São encarregados de Deus para a execução de missões extraordinárias e revelações acima da compreensão humana, Levam nas mãos uma espada e um escudo ANJOS Os Anjos executam as ordens dos Coros superiores. estão mais próximos da humanidade convivendo conosco e prestando um serviço silencioso mas de valor incomparável à cada individuo. HIERARQUIA DOS DEMÔNIOS - PRIMEIRA HIERARQUIA. (Demônios que já foram príncipes, Serafins, Querubins ou Tronos). LÚCIFER Antigo príncipe de todos os anjos. BELZEBU Antigo príncipe dos Serafins. LEVIATÃ Um dos monstros marinhos que também é um dos príncipes do inferno, outrora príncipe dos Serafins. Tenta levar os homens à heresia. ASMODEU No passado foi um dos antigos príncipes dos Serafins, tenta induzir os homens a perderem o auto domínio. BERITH Antigo príncipe dos Querubins, tenta induzir os homens as desavenças e ao homicídio. ASTAROTH Antigo príncipe dos Tronos. Tenta levar o homem a preguiça e ao desleixo. VERRINO Também um antigo príncipe dos Tronos que caiu em desgraça. Leva aos homem o ato de ser impaciente. GRESSIL Também antigo príncipe dos Tronos. Tem como objetivo levar o homem para fora do seu estado de pureza. SONNEILLON Outro antigo príncipe dos Tronos. Tenta conduzir o ódio ao coração dos homens. - SEGUNDA HIERARQUIA. (Inclui Poderes. Domínios e Principados). CARREAU Ex príncipe dos Poderes. Tem como tentativa endurecer o coração dos homens. CARNIVEAN Também ex príncipe dos poderes e tem como objetivo, levar as pessoas a obscenidade. OEILLET Outrora príncipe dos Domínios que tenta levar os homens a quebrar o voto de pobreza. ROSIER Segundo comando na ordem dos Domínios. Leva as pessoas a tentação contra a pureza sexual. VERRIER Outrora príncipe dos Principados. Tem como objetivo desviar os homens da obediência. - TERCEIRA HIERARQUIA. BELIAS Outrora Príncipe das Virtudes. Cobre os homens de arrogância induzindo-os ao pecado da vaidade. OLIVIER Antigo príncipe dos Arcanjos. Tenta lançar a frieza e a crueldade no coração dos homens. LUVART Outrora príncipe dos Anjos menores. É capaz implantar a criação de idolatrias religiosas, onde certas práticas tendem levar ao sacrifício à própria espécie, paraque não haja adversário na luz.